Acadêmico de Abramark, Gilmar Pinto Caldeira é uma referência global do marketing de incentivos. Após atua na área comercial da Editora Abril, fundou a Incentive House, agência pioneira em incentivo no Brasil e América Latina. O sucesso rapidamente fez com o Grupo Accor adquirisse a operação da IH.
Atuou como Diretor Geral e membro do board da companhia durante muitos, além de outras atribuições que lhe conferiram prêmios nacionais e internacionais.
Hoje á frente da Ignix, Gilmar Pinto Caldeira respondeu às nossas cinco perguntas dessa semana. Confira!
Abramark – Como pioneiro do incentivo na América Latina, como vê a atividade nos dias de hoje? Campanhas de incentivo continuam em alta e trazendo engajamento e resultados expressivos para muitas marcas…
GPC – Programas de Incentivo: com o reinício das campanhas no último trimestre de 2021, hoje vemos a distribuição de grandes prêmios ocorrendo. Principalmente as viagens que ficaram congeladas por mais de 2 anos. Houve uma mudança no modelo do nosso negócio, com os clientes focando forte em métricas e gestão, e nosso esforço tem sido em somar a isso uma comunicação motivacional que engaje.
Temos tecnologia update no segmento que permite avaliar o ROI e desempenho e temas como cultura, propósitos, ESG, passaram a fazer parte importante de nossos projetos.
Importante notar que nos EUA (a Meca do Incentivo), a atividade de Incentivos já supera os números de 2019, e com viagens de Incentivo bombando por lá! E na Europa, países como Inglaterra, Itália e França aumentaram significativamente depois de anos com pouco investimentos e relevância.
Hoje toda empresa precisa entregar: Performance, Vendas, Retenção de Talentos e nossos programas respondem muito bem a isso!
Não podemos deixar de destacar que Incentivo é “autopagável”, e traz o resultado que permite pagar os prêmios mais aspiracionais.
Abramark – Fale um pouco sobre os desafios e perspectivas de sua nova agência, a Ignix.
GPC – A Ignix nasce com um objetivo claro. Oferecer ao mercado uma agência que oferece projetos prêt-à-porter, completos com temas, KV e comunicação digital o que agiliza e rápida implantação, (as empresas vivem hoje com os desafios de entregar resultados por quarters) e uma galeria de milhões de opções de prêmios. E, claro, somando toda a nossa experiência de viagens de Incentivo, que, na atualidade, é o mais desejado depois de um longo período sem viagens. Em nossos projetos, priorizamos também o profile dos participantes, e com mais um diferencial. Incentivo por assinatura!
Abramark – No seu entendimento, como tem sido a retomada pós-pandemia? O trabalho a distância e todas as restrições deixaram marcas severas em muitas empresas e na economia como um todo. O retorno da vida “ao vivo”, dos eventos, já representou um grande avanço no mercado? Havia uma demanda reprimida?
GPC – O mundo mudou e Incentivos talvez mais ainda, pois tratamos com pessoas, com o efeito da descentralização do trabalho, hoje, uma realidade implantada. Ninguém esperava e nem se preparou para essa pandemia, com a distância do time e das lideranças, que agora priorizam eventos figitais, os efeitos também resultaram em burnout, movimentos de resignation e quitting, que também eram desconhecidos, as pessoas são fundamentais para qualquer tipo de negócio e atividade. Isso é um grande avanço. E Incentivo trata de pessoas! É um dos pilares de nossa indústria.
Vale a pena lembrar que além de todo esse impacto, atualmente temos até quatro gerações na mesma organização com linguagens, culturas e consumo de mídia únicas e segmentadas…
As pessoas, produzem, criam e compram nossos serviços. Tudo gira em torno das pessoas.
Abramark – Estamos a menos de dois meses da Copa do Mundo 2022. Este é um grande momento, uma excelente oportunidade para marcas realizarem campanhas de incentivo memoráveis no Catar. O fato do evento acontecer no final do ano, e em um país exótico, com uma cultura muito distinta da Ocidental, pode impactar positivamente nas experiências oferecidas durante o Mundial?
GPC – Já trabalhei em cinco copas, posso garantir que é o prêmio mais desejado de toda e qualquer campanha com certeza. A Copa sempre oferece a soma do futebol, que é o esporte que mais cresce, com destinos novos e pouco conhecidos. E o resultado pós-evento é o crescimento do turismo total. Se observar atentamente, nenhum país tem uma verba de marketing que se compare ao que é investido numa Copa pelos 64 países (média das disputas para as 32 seleções que participam da classificação, o destino fica em evidência por mais de 5 anos com notícias, imagens diárias e acompanhamento da classificação dos times, a provável escalação, andamento das obras… Esse crono/agenda é semelhante às campanhas de Incentivo em que você destaca o desafio, as conquistas mensais e anuais, a posição no ranking… E, para finalizar, viagens de Incentivo obrigatoriamente têm de oferecer experiências, afinal o ganhador se dedicou forte durante a campanha, e trouxe o resultado que traz o SPIF (* provisão de vendas incremental para funding do prêmio) e paga toda a conta!
Essa Copa não foge à regra, e apresenta um destino exótico com muito interesse, período inovador em relação às anteriores, com uma audiência prevista de mais de 3 bilhões, e com quase 3 milhões de tíquetes vendidos. E, para nós brasileiros, há a esperança do hexa. Garanto que ver a seleção em campo é de uma emoção ímpar.
Mas temos pela frente a Copa de 2026 que inova com dois países e 16 cidades-sede, o que possibilita experiências fantásticas.
Abramark – Que conselhos ou dicas deixa para os estudantes e novos profissionais de marketing que desejam prosperar, crescer no mercado e deixar um legado?
GPC – O desafio dos novos profissionais é muito grande, os últimos anos subiram a régua. A importância do digital, a ressignificação das pessoas, e as pautas de propósitos, e principalmente, a descentralização do ambiente de trabalho, que trouxe uma exigência de performance e gestão pouco cobradas no passado.
Mas eu recomendo especial atenção às vendas, que nem sempre está na pauta da liderança de mercado, apesar da importância que têm nas empresas. O primeiro sinal de crise em qualquer empresa é a queda de vendas!
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